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segunda-feira, 1 de junho de 2009

Brasil- Carmen

Para o Brasil
Minha querida Carmen:
Eu não sou ninguém! Sou alguém, apenas uma das flores do jardim do Paraíso, onde Deus nos colocou e, dessas flores, eu serei a mais feia, mas queria dirigir-te uma palavra: vieste ao mundo, és uma flor muito novinha, muito débil que só mereces o cuidado de todos os humanos, a começar pela tua mãe.
Precisavas de muito carinho, muita ternura, muito afecto para que o teu crescimento, como menina, fosse tão normal como era desejável.
Neste momento, por esse miserável homem, também uma flor do jardim desta sociedade padrasta e corrupta que fez de ti um objecto e não uma pessoa... Queria-te pedir perdão por esta frágil humanidade envolvida e violentada por tanto materialismo, em que se perdeu o respeito pela vida, desde a concepção até à morte natural.
Logo te foi aplicada uma lei canónica pela Imprensa, inventando as coisas piores... Sabes que qualquer sociedade como é a Igreja tem de ter regras, leis justas que harmonizem a convivência social, daí o Direito Canónico.
Por princípio, as leis são sempre justas, quer as canónicas, em relação à Igreja, quer as civis em relação aos Estados, às Sociedades, mas uma lei justa pode ser aplicada com muita subjectividade, tudo depende do juiz e do réu, dos acusadores e dos defensores. Acontece isso também na Igreja da qual tu fazes parte.
Não sei se a técnica que te acompanhou, ao esconder o diagnóstico médico à família ou aos teus amigos mais próximos, não estaria a cometer uma grande falta para contigo, para os filhos que tu concebeste, para netos de teus pais, o que te vai acontecer agora e o que te aconteceria, se fosses até ao fim!...Pelo que conheço parece que as razões não foram claras...
Uma vez que concebeste tinhas, por princípio, todos os meios naturais para seres mãe.Quem sabe se, adulta, te ias sentir feliz, com os frutos do teu ventre, apesar de todas as brutalidades do teu padrasto. Agora depois dos outros decidirem por ti, parece ser um erro mais grave do que qualquer excomunhão que não existiu. Ainda tens muito que crescer, mas que nunca te acompanhe qualquer trauma quer dos filhos que desejarias, quer das brutalidades a que foste sujeita.
A aplicação da lei canónica, mais que qualquer outra civil, deve ser aplicada sempre, tendo em vista a misericórdia e a bondade do nosso Deus e é sempre difícil este discernimento porque só Deus é o verdadeiro e grande juiz.
Aliás tu não eras responsável, pela tua idade e pelo teu passado de relacionamento com esse miserável irmão, teu padrasto, que te tirou a inocência.
É por isso que se levantam vozes dos cristãos e de todos os católicos dizendo que não estás fora da Igreja, tu continuas a ser nossa irmã, a estar no nosso coração, no coração de Deus, e eu queria sofrer contigo todas as amarguras que deste acontecimento te poderão arrastar para o futuro...
E agora...porque é que os órgãos de comunicação social exploraram tanto este assunto, quando esconderam outros elementos mais importantes, para que todo o mundo percebesse o excomungar e o deixa de excomungar, se tivesse sido o caso?
Há órgãos de Comunicação Social que parecem não ser isentos na informação, mas prontos a explorar e exibir sensacionalismo por causa de maiores proveitos materiais, e o pior é que muitos dos nossos irmãos não sabem discernir entre aquilo que é comentário objectivo, do subjectivo, porque conhecendo as permissas exactas, os comentários seriam diferentes. É mais fácil ir no embalo do que descer ao mais pofundo, verdadeiro...onde está a Verdade? Nem grande espaço haveria para comentários, a não ser a reprovação do depravado padrasto.
Escondem-se verdades e atiram-se foguetes para estalarem ao longe e procurar desacreditar na Igreja e no Deus de Jesus Cristo.
Deixa lá... é só mais uma entre tantas!
A.C.

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