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sábado, 15 de agosto de 2009

Congrgação de Nª Sª da Caridade -PN 2007

José da Costa Pimenta Jarro, natural da freguesia de Cabaços, concelho de Ponte de Lima, oficial de ourives, veio do Rio de Janeiro para a Vila de Viana e aqui, atraindo a si algumas pessoas piedosas fundou em 15 de Janeiro de 1780, segundo reza um documento antigo, cuja cópia possuo, uma Irmandade ou Congregação dos Servos de Maria Santíssima Senhora das Dores, e que mais tarde, não sei porque razões, veio a intitular-se CARIDADE.
Conservou-se muitos anos com o nome de Congregação dos Servos de Maria Santíssima Senhora das Dores, e quando do seu primeiro Estatuto por ele foi criada uma Mesa Administrativa composta por sete irmãos, por sete terem sido as dores de Nossa Senhora.
Anteriormente aos seus Estatutos já se fazia periodicamente uma Procissão dos Peditórios, que saía da Capela de S. Crispim, onde a certa altura, foi colocada a imagem de Nossa Senhora do Resgate. Nela se efectuavam as reuniões da Mesa até 1789.
Também nessa capela se encontra a imagem de S. Crispiniano.
Mais tarde comprou José da Costa Pimenta Jarro, com seu dinheiro, uma casa junta ao Campo Santo António e logo a doou à Congregação para nela se
azer um Hospital que desse comida, cama e assistência médica e medicamentosa aos totalmente desamparados e que não tivessem lugar no Hospital da Vila. Principiou por 2 ou 3 internatos. Quando falecidos eram levados para o cemitério num esquife.
Voltou Pimenta Jarro ao Rio de Janeiro, e lá arranjou mais dinheiro, o qual, juntamente com outros donativos e algum que se tomou a juro, permitiu , em 1804, a compra de umas casas altas e imediatas ao Hospital, as quais importaram em 150Mil Reis, e puderam internar 25 desamparados.
Os irmãos que serviam a Mesa pagavam uma Jóia: superior a 12 Mil Reis e os restantes 480 Reis.
Os Monges da Arrábida ficavam incorporados na Casa do Hospital, sempre que viessem a Viana, prestando nela os seus serviços enquanto nela permanecessem.
Veio uma carta do Rio de Janeiro, de um piedoso luso-brasileiro, oferecendo 800 Mil Reis para compra de terras e com o seu rendimento se pagar a um Capelão privativo, ficando determinado que nunca se poderia fazer património eclesiástico na dita propriedade.
Tinha a Mesa poderes para substituir o Capelão por outro no caso do existente não cumprir.
Em ano que ignoro foi mandada fazer uma imagem de Nossa Senhora das Dores.
As despesas da Congregação eram cobertas com as esmolas dos benfeitores, algumas em dinheiro e outras em géneros, juros de quantias que emprestava ou investia em títulos de companhias, como a companhia de Viação Vianense para a factura da estrada desta Cidade a Caminha e, ainda, o rendimento da casa do Teatro.
José da Costa Pimenta Jarro está sepultado no Cemitério do Convento de Arrábida.

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