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terça-feira, 10 de novembro de 2009

Caem os sinos?

Caem os sinos






Ontem eram as torres das Catedrais ou das Igrejas, sinais de referência, tanto nas cidades, como nas aldeias, locais de encontro dos cidadãos. Às vezes no adro da Igreja se resolviam muitos negócios e se decidiam sobre ajudas sociais e organizações de festas, de arranjos de caminhos da terra, de limpezas de lugares públicos, caminhos, ribeiros, problemas de águas, de ordenamentos do território local, através de acordos, etc… Ainda em algumas freguesias era o adro da igreja o sítio dos acordos e aparece noutras grndes e distantes da igreja o lugar do Acordo, às vezes significando problemas da população resolvidos.
Na povoação, os sinos tocavam a reunir. Picavam de festa, repicavam, para anunciar festas de baptizados ou casamentos, ou davam sinal da morte de alguém e tocavam, como que chorando com a dor e luto de quem sofria… na separação. Chamavam para os actos do culto e tocavam pela manhã, ao meio dia e à noite para a oração. Era tal o respeito que mesmo quem não acreditasse ou rezasse, pelo menos, descobria-se, levantava-se . Hoje não são os sinos, mas é a rádio e a televisão. São os meios informáticos, são os jornais, as revistas e mesmo a Igreja tem de recorrer hoje a estes meios, caso contrário, fica ultrapassada na sua missão.




Portanto o Papa Bento XVI tem razão quando apela ao uso destes meios na vida da pastoral da Igreja.
A sociedade deve à religião muito da sua educação, do seu civismo, dos nossos antepassados que agora com uma falsa ilusão de construir torres de Babel “ para chegar ao céu” do materialismo, da ilusão, do prazer imediato, do lucro fácil, de falsas felicidades ao ponto de acabarem em violências, faltas de respeito pela própria vida, pela vida dos outros, muito longe da dignidade que os nossos antepassados viveram e agora os desonramos a título que a nova tecnologia e a ciência é tudo na vida do Homem, pondo de lado o sentido religioso do mesmo. Temos que estar conscientes de que a vida tem de tomar outro rumo, caso contrário é o homem que se destruirá a si mesmo, onde, só para esses, a morte é o grande objectivo, seja de que modo for. Questiona-se por outro lado a falta de respeito. No campo da cultura, o Professor e o Padre eram pessoas de referência, depois o presidente da Junta e o Regedor. O campanário da Igreja é substituído pela construção de Torres de habitação e outros são os interesses dos que detêm o poder…
Hoje não existem pontos de referência o Presidente da Junta é um funcionário do povo que é pago com os seus impostos, é o homem dos favores com quem não interessa ter problemas e os regedores já acabaram. Aqui está uma perigosa proximidade…
Quando há algum desacato é a GNR que se chama e chega quando pode. Quanto ao professor, os alunos é que mandam dentro da Escola, em muitas delas, depois os pais e o professor é a pessoa vítima de maus tratos por palavras e obras.
O Padre pretende-se que seja silenciado, porque “não há Deus” não há espaço para o religioso e os sinos que se calem para não incomodar o ambiente porque basta o barulho dos que gostam de máquinas aceleradas, dos foguetes… e companhia.
No entanto, há uma lei, mas que se aplica aqui ou acolá conforme os gostos e as influências sociais.

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