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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Crise da Igreja ou crise da Sociedade - Inventar, o quê?

Crise da Igreja ou crise da Sociedade?

A Igreja não precisa de inventar nada, e só, apenas, precisa de deixar passar a mensagem do Evangelho. Esse é o seu objectivo último. As invenções são para a ciência.
À Igreja compete reencontrar -se como membros uns dos outros, unidos à cepa que é Cristo.
O Concílio Vaticano II levou-nos a uma nova consciência da Igreja, mas muitos ainda não chegaram lá, e outros sim ou foram mais longe… mais além.
Muitos dos baptizados só são cristãos pelo baptismo que nem sequer pediram. Nunca fizeram uma opção pessoal, mas apenas tradicional, sem princípios religiosos, morais e éticos vincados e assumidos por si..
Agrava-se, deste modo, com enfraquecimento do país e da Europa a consciência eclesial, do verdadeiro sentido da Igreja e da pertença afectiva, efectiva e física porque todos gostariam de ver o rosto de Cristo, mas não o reconhecem na vida pela crescente cultura do individualismo e manipulação não da ciência, mas dos cientistas também eles desconfigurados da imagem verdadeira e autêntica da Igreja…
Alguns vivem preocupados com a crise na Igreja e não me parece que seja tanto uma crise da Igreja, mas uma crise da sociedade em geral.
Há falta de objectivos e ideias claras. Vive-se uma vida de incertezas.
As pessoas dispersam-se, fragmentam-se porque há uma mobilidade de vida muito maior. Tanto estão aqui, como acolá. Não são tão sedentárias como noutros tempos agarrados à Terra, aos vizinhos, aos amigos. Há mais individualismo; uma cultura moderna marca uma época diferente… e de indiferença pelos outros. Cada um que se arranje, só se luta pela concorrência, em competição… a relação de pertença dilui-se, a consciência também de pertença, religiosamente, sofre com isso. A psicologia das pessoas perde-se na multiplicidade de pertenças não de pessoas mas de relação com cartões disto e daquilo e, às tantas, já se perdem os afectos, os compromissos, as vitalidades ou energias e as dinâmicas até mesmo nos cristãos menos atentos o que se vai reflectir, necessariamente, na vida das comunidades, das Paróquias. Portanto é um problema sociológico.
Para além do que atrás escrevo temos ainda o problema da família que mais grave porque ser a esta lhe falta o sentido do religioso cada vez se degrada mais nos valores parentais ao ponto de ajudar a trazer uma desfocagem da imagem de Igreja, por onde começaram no Baptismo e no Casamento religioso a ser feito nas quintas, para as mesas e para os fotógrafos, sendo a autoridade religiosa a última a ser contactada, para ela ter que obedecer aos caprichos dos noivos para quem a Igreja já só significa uma prestação de serviços, de emergências, de encomendas, de supermercado religioso. É mais uma organização não governamental, vai sendo cada vez pior.
A crise da Igreja não existe, a crise é só sociológica. A esta crise associa-se também o aspecto que algumas Paróquias, que são Comunidades vitais da Fé, espelham a sua vida comunitária, como se organizam localmente, como se isolam ou se fazem uma ilhas para onde não vai quem quer ou procura. É urgente configurar a imagem da Igreja indo à primeira forma de Igreja, de comunidade, de Paróquia, onde por princípio se dá os primeiros passos na fé, através do Baptismo.Cf. “Ir ao coração da Igreja” de D.António Marto, Bispo de Leiria -Fátima.
Pe.Artur Coutinho

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