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terça-feira, 17 de novembro de 2009

José Martins de Passos Fernandes -Zé Maduro

José Martins de Passos Fernandes, é um abelheirense, conhecido por Maduro. A avó, Maria Gonçalves Balinha, casou a primeira vez com Manuel Rodrigues Maduro e depois de ter ficado viúva, casou novamente com António João Fernandes, natural de Ponte de Lima. Era o “criado” da casa. Esta avó era a mãe de seu pai, Manuel de Passos Fernandes, carreteiro, na Abelheira que casou com Rosa Martins Cabanelas, do antigo caminho do Barronco, ou largo dos Arezes, hoje, rua da Bela Vista.
O José frequentou a Escola do Carmo com a professora D.Maria da Glória, esposa do professor João da Silva Agra que também lhe tocou como mestre para o preparar para o exame do 2º grau.
Aos 12 anos foi para aprendiz de carpinteiro do Manuel Fernandes de Sá. Aos 19 anos foi para a Empresa de Pesca de Viana, onde trabalhou 24 anos e chegou a encarregado geral das obras da empresa.
Aos 64 anos foi para o Porto fiscalizar a Torre das Antas para o patrão António Gonçalves Gomes, onde trabalhou também com a família até Junho de 2004, ano em que se reformou.
Casou aos 33 anos com Maria da Conceição Gonçalves Carvalhido, da Casa do Pintor, filha de Laura Domingues Gonçalves da Balinha e de João Afonso Carvalhido. A sua esposa deu-lhe um casal de filhos: o José, serralheiro especializado nos ENVC, casado com Olívia Lourenço e com outro casal de filhos (um neto e uma neta) e a Maria da Conceição, solteira, empregada administrativa no Trinca-Peixe.
O “Zé Maduro”, assim tratado pelos amigos, é uma pessoa muito característica da Abelheira, a viver no lugar do Rubins, já com a casa na freguesia da Meadela.
Se houvesse tempo, o nosso amigo tinha muitas histórias da Abelheira antiga para contar. Tem uma memória prodigiosa. Posto a falar... nunca mais se cala!..É preciso sempre pôr um ponto final!...
Tem um carácter firme, uma personalidade fortemente vincada, tipo da Abelheira antiga, mas de coração aberto e muito generoso, em serviço aos outros. Compreende a vida de hoje e a juventude de agora, mas tem sugestões e é criativo até para que a juventude não deixe de ser o que é, mas consiga arranjar valores da vida de família e da vida profissional, princípios que ele sempre defendeu e defende.
É normalmente o leiloeiro da festa da Senhora das Necessidades, embora agora se tenha retirado um pouco porque diz ele que a sua “voz também requer descanso”.
No entanto, nos tempos livres, deu muito de si a esta Paróquia, na Capela da Senhora das Necessidade e na Igreja Paroquial. Foi ele que desmontou o altar-mor da capela de Nª Senhora das Necessidades e o recuou 2 metros, deslocando a mesa do altar para a nova liturgia e o autor das cornijas interiores de cimento na capela que enganam os que lá entram imitando bem a pedra, a cantaria.
Fez os bancos da capela por ordem do João Delgado Cerqueira, assim como os bancos da Igreja Paroquial e os bancos da Igreja do Carmo. O desenho dos bancos desta Igreja do Carmo foi copiado para a Igreja da Misericórdia. Todas as imagens da Igreja paroquial foram arranjadas com um produto natural que levava gema de ovo.
Na fundação da Paróquia colaborou com o primeiro pároco, Pe. António Costa Neiva, arranjando o primeiro escritório e o soalho da Igreja por ordem do Dr. João do Carmo Correia Botelho, paroquiano e cuja a esposa era catequista, a D. Elvira Botelho.
Veio o Pe. Rogério e continuou a ajudar. Em 1978 com a entrada do Pe. Coutinho, continuou, ora faz ou desfaz escritórios, ou assoalha de novo a Igreja, participa no “Mc. 9,37”, AIC (Ano Internacional da Criança), espectáculo levado a efeito em colaboração com o coral de Darque, Mazarefes e o da Paróquia, assim como jovens da Paróquia, ensaiado pelo Pe. Dr. José Lima. Esse espectáculo foi apresentado 11 vezes a partir da Semana da Paixão e passou pela TV, foi representado em Darque, Mazarefes, Ponte de Lima, Matriz (Sé Catedral), Areosa. A decoração do cenário passava pela mão também do “Zé Maduro” e do Mário Covinha.
Fez parte do coral uns anos. Depois, por motivos, que não interessam para aqui, deixou..., mas sempre trabalhou “por amor à Igreja” como ele declarou à Rádio Alto Minho.
É um homem cheio de brio e um amigo. Quando se convence que a causa é justa, é capaz de dar a camisa.
Gosta de jogar a bisca, seu passatempo preferido, aos Domingos pela tarde, como várias vezes o encontrei no Café do Eduardo Lopes.
Para “Zé Maduro” segundo declarações à Rádio Alto-Minho é muito importante a obra caritativa da Paróquia e é importantíssimo o restauro da antiga Capela Jesus Maria José, de Manuel Oliveira Espregueira e até da casa para o Berço e a construção da Igreja para 800 pessoas sentadas, com salas de catequese, sede de Escutismo e Centro de Idosos. Faltam ainda espaços para ensinar a juventude a trabalhar. Nesta obra toda a gente da cidade devia colaborar, pois afinal é uma obra para todos e ninguém sabe do que precisará. Foi por isso que a Câmara Municipal foi a primeira a dar a mão, a abrir caminho para a Paróquia avançar...

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