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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A...Ainda o Dízimo- PN2004

...Ainda a propósito do Dízimo
Dizíamos no último número a propósito da Santa Missão e do Ano da Eucaristia: "Aguardo que os movimentos tenham em conta nos seus programas do próximo ano, esta temática" para responder ao apelo do Papa.
Evidentemente que em breve vamos realizar uma reunião do CPP, mas ela virá depois de uma outra reunião diocesana com os responsáveis da Pastoral com o Bispo, onde vai anunciar os objectivos diocesanos.
Creio que a propósito do Dízimo nada está proibido pela igreja nesse sentido. É doutrina bíblica e negá-la seria um erro.
Quando o Papa chama a atenção para o voltar às origens do cristianismo a propósito do Ano da Eucaristia, isto não se referirá estritamente à Eucaristia, mas ao "modus vivendi" da Eucaristia no princípio da cristandade, isto é, a toda a Vivência dos cristãos. Por isso, entre eles, havia uma fraternidade invejada pelos alheios, ou pelos não crentes.
Tem sido pouco desenvolvido este tema do dízimo, até parece que há medo de falar nestas coisas, parece um tabu como são as coisas difíceis nas realidades do mundo de hoje.
No último número escrevia sobre a fuga de cristãos para seitas que são dizimistas e parece sentirem-se bem nelas. Não acredito, nem vou muito naquilo que me dizem, nem dou muito ouvidos a coisas que não compreendo, não experimento ou não observo discretamente com os meus sentidos...A igreja tem movimentos criados com esse espírito dizimista. Não é preciso recorrer às seitas, mas quem quiser ir mais longe, quem quiser converter -se ao Senhor, a sério, naturalmente, a sua conversão exigirá uma intervenção maior, um compromisso ao ponto de, espontaneamente, querer aderir e fazer partilha dizimista. Quem nos pode reprovar de tal atitude? É bíblico!...
A doutrina social da Igreja já nos vai apontando para isso implicitamente, mas o debate vai ficando pelos gabinetes e não desce à comunidade, aos fiéis, porque até parece que corresponsabilidade só se fala quando nos interessa.
Quando se fala dos movimentos aprovados pela igreja, poderíamos ir mais além...às comunidades criadas pela igreja numa diocese...Como?... Quando vamos lá chegar?... E nas Paróquias?...
A pedagogia divina foi sempre gradual. Não podemos, de um dia para o outro, passar de 8 a 80, mas é bom falarmos disto. O futuro da igreja cristã e católica vai chegar aí. Aguardemos e vamos ver?!...
Se não formos nós serão os outros. Uma nova Igreja, um novo rosto de Cristo há-de surgir iluminado pelo Espírito Santo. É assim que Cristo estará sempre connosco até à consumação dos séculos.
Dizia o profeta Amós: "Eu detesto e desprezo as vossas festas, desgostam-Me as vossas reuniões sagradas...Mas fazei que o direito corra como as águas e a justiça como o rio inesgotável".
É que a oração e os sacrifícios sem obras de nada valem. A "realeza" de Cristo, estava centrada no serviço aos irmãos. A conversão interior ao Cristo vivo naqueles que caminham connosco se não tiver o sabor às vezes "amargo" na boca e "adocicado" do coração pelo muito amor a Deus, nada valem.
O homem precisa de se encontrar através de gestos como vemos aqui e ali a pagar uns aos outros um copo ou qualquer coisa, uma prenda, por exemplo, por este ou aquele motivo, mas por trás disto esconde-se uma amizade, uma procura profunda de uma satisfação humana e legítima, isto é, o homem precisa de Deus e tem sede de uma água que refresque a sério o seu coração e para sempre.
Essa não tem preço porque é "água viva". A água desta fonte não jorrará enquanto o homem pensar só em si, no dinheiro da sua carteira e nos bens materiais que o rodeiam, fazendo deles, mesmo inconscientemente, os seus ídolos.

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