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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Os agentes da Pastoral duma Paróquia PN2004

A Paróquia e os Agentes da Pastoral numa Diocese em Sínodo

Alguns talvez ainda tenham a ideia de que o Agente da Pastoral na Paróquia é o Padre, (o Reitor, o Prior, o Abade), ora isto é desconhecer toda a doutrina conciliar do Vaticano II; mas é ir mais longe, é desconhecer todo o sentido da Missão recebida no nosso Baptismo, como já tivemos ocasião de reflectir.
Desde o princípio da Igreja que cada cristão é um agente da pastoral porque, em qualquer lado que esteja, tem de dar testemunho, e ao dar testemunho da sua fé baptismal, está a ser agente da Pastoral.
Bom, mas o título sugere outra coisa, sugere aqueles que são comprometidos em acções concretas da missão pastoral da Igreja conforme a sua vocação: na liturgia, na catequese, na acção sócio-caritativa, na administração ou trabalho de coordenação da Pastoral. Neste caso da Paróquia.
Muitos preocupam-se com o significado por que é que num lado é Reitor o Padre e, noutro lado, é Abade ou Prior?
Todas estas palavras são latinas, de origem. O Abade era o que dirigia na abadia, era o título que se dava ao superior dum mosteiro que dirigia as comunidades e o governo das mesmas. O Reitor era a mesma coisa só que se dirigia mais à regência e direcção pedagógica, à educação. Faz lembrar as primeiras escolas fundadas à sombra da igreja. O Prior era o que no mosteiro tinha o cargo inferior ao de Abade para o substituir. Para nós, hoje, significa a mesma coisa, Pároco e nada mais. Não há diferença hierárquica, mas apenas onde as Paróquias antigas usam esta designação de párocos devido à origem da Paróquia, normalmente.
É por isso que as novas paróquias já não usam normalmente esse designativo. O Pároco normalmente é sempre o Padre, e este pode ter algum título honorífico como de Monsenhor, ou pode fazer parte do cabido da catedral e então será Cónego. O Arcipreste é o Padre que coordena a Pastoral num concelho. O Bispo é a autoridade máxima numa diocese ajudado pelo Conselho Episcopal, pelo Conselho dos Consultores Diocesanos, pelo Conselho Presbiteral e pelo Conselho da Pastoral que envolve leigos também . Depois, a Assembleia Episcopal Nacional e, por fim, o Papa.
Os leigos são também Agentes da Pastoral, directa ou indirectamente, e são corresponssáveis com o padre, com o Bispo e com o Papa.
Não julguemos que os Agentes da Pastoral são só os Bispos, os Padres, ou os sacristães.
O leitor que lê, se é cristão por opção, é agente de Pastoral com maior ou menor grau de corresponsabilidade, mas, negá-lo, será dizer que não é nada...ou não sabe o que é na vida.
Ainda não descobriu o sentido cristão para viver a vida duma forma diferente e, por isso, ninguém o pode apontar como sinal de fé cristã. Ainda não compreendem o que S. Paulo dizia aos Coríntios: "Nunca nenhuns ouvidos ouviram, nem olhos viram".
A corresponsabilidade na Igreja dos leigos e dos padres é fazer comunhão fraternal, daí a comunidade de crentes que no princípio eram apontados pelos outros "Olha como eles se amam"... enquanto hoje não acontecer o mesmo, bem mal vão as nossas comunidades e o Cristo Mediador e cabeça da Comunidade muito mais sofre de paciência e misericórdia por tanta tolerância.
Não pode haver Igreja quando não há comunidade, comunhão com outros, comunhão com Cristo que preside e é cabeça. É o atractivo que nos leva a louvá-Lo quando nos levantámos, quando trabalhamos durante o dia, quando celebramos a eucaristia e quando à noite a nossa pobre voz, talvez já cansada e sem forças para mais, é capaz de lhe dizer "Eu te dou graças, ó Senhor porque este dia foi mais um dom que me concedeste".
Leva-nos Domingo a Domingo a louvá-lo de uma maneira diferente através da Oração em comum, do descanso e da partilha com os outros, sobretudo com aqueles que durante a semana não puderam sentir o calor da nossa fé, ou precisaram de uma palavra confortadora... e o trabalho não nos deu tempo para isso. O Domingo é a altura de reconhecer o pecado e de procurar o perdão não só individualmente, mas também comunitariamente. Cada membro autêntico, duma comunidade, reconhece o pecado social e a necessidade de se reconciliar e de celebrar o perdão à mesa da comunidade, na eucaristia.
Isto é passar pela Cruz de que já falamos porque o pecado traz rotura. Precisamos de o confessar e de celebrar o perdão, louvando a Cristo na Eucaristia como caminho para a unidade, a comunhão, a comunidade.
Seria importante, de facto, responder à questão que se levanta num Sínodo Diocesano, como vai a comunhão na comunidade, na paróquia, porque a Diocese depende desta comunhão. A grandeza duma diocese não está no território, nem nas muitas ou poucas paróquias, nem em muitos ou poucos padres, nem em muitos ou poucos leigos, ou na falta de Diáconos permanentes. Esta depende apenas do modo como cada comunidade paroquial vive a fé em relação à catequese, à liturgia e à acção sócio-caritativa. Sempre há que contar com esta igreja paroquial que, ao mesmo tempo, pode ser santa e pecadora, mas lutar pela corresponsabilidade é lutar pela santidade na Igreja e quanto mais corresponsabilidade houver na paróquia, tanta mais corresponsabilidade haverá na Diocese, à qual preside o Bispo que nos une à Igreja Universal.
A Paróquia não existe sem a Diocese, mas também a Diocese não existe sem Comunidade, isto é, não há Bispo se não há cristãos e não há cristãos se não há Bispo.
A Paróquia é uma célula da Comunidade Diocesana, Comunidade de comunidades, com o Bispo à frente.

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