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sexta-feira, 24 de junho de 2011

"Olho à belenenses" - Olho de Olhão - Tapa Olhos

Um olho à Belenenses




Um dia um senhor, no ano de 1969, ia com andar apressado a ler o Jornal , com ele aberto entre mãos e braços no ar quando, de repente, bate com a cabeça numa coluna da luz pública… na cidade de Braga.

Ia tão depressa que ficou com “um olho à belenenses”.

Embora tivesse ficado com o “olho à belenenses” e não à bracarense, não deixou de ser quem era e continuou a viagem a pé até se tratar em casa. O pior é quando se fica com “um olho à belenenses” com um murro que se levou vindo de outrem. O Senhor a quem isto aconteceu mas continuou a ser do Benfica e quis jogar naquele Club lisboeta.

Alguns até preferiam “um olho à belenenses” que um outro problema mais grave, não ter pernas para andar ou os dois olhos à belenenses.

O olho é, em primeiro lugar, um órgão de visão que é singular no corpo para ver as cores, as coisas, mas há muitas formas de ver e até de sentir e há quem tenha olhos bons e não veja, nem sinta…

Habituámo-nos a gemer por causa de um olho magoado, mas era pior se andasse com os dois ou se não tivéssemos olhos como a toupeira e ela lá vai trabalhando por baixo da terra…

O que custa “os olhos da cara” é duro, mas se for para o “olho da rua” um trabalhador, é sinal de fome. Olhar como um boi para um palácio é ficar espantado, admirado. A olhos vistos, isto é, rapidamente, ou olhos de lince é ter boa vista. O que tem olho fino e pé ligeiro, sabe fugir às dificuldades a tempo; o que vê um argueiro na Índia, vê longe. Os olhos são o espelho da alma, por eles descobrimos a verdade, a mentira, a raiva; o que por um olho chora azeite e por outro vinagre é um fingidor.

Pode ser de Olhão ou Boavista, mas também pode ser um vegetal como por exemplo um “olho de couve”, ou um olho fora do rosto, o “olho cego”, de trás e há uma espécie de animal que só tem um olho, enquanto a toupeira não tem nenhum. Não se deve deitar areia nos olhos não só porque pode cegar, mas às vezes, não consegue os efeitos que deseja, isto é, esconder algo.

Há quem coma com os olhos o que tem debaixo do olho, pode-se piscar à direita ou à esquerda do olho a alguém que se gosta, ou fazer brincadeiras espúrias e tratar em dar uma vista de olhos mesmo que lhe custe os olhos da cara. Aquele que diz: desviou os olhos, mas viu tudo, tudo foram olhos, olhinhos.

Pode-se encher o olho, mesmo que seja de lágrimas, de paixão ou de lágrimas de prazer. Há o que tem olho clínico, nas mais diversificadas actividades da vida, como quem leva um tapa olhos, fica às escuras e até vê as estrelas. Também se passa a noite sem pregar o olho, isto é, sem dormir.

É preciso ver bem “com olhos de ver”, é porque há olhos que não vêem! Alguma coisa é mesmo boa até os olhos ficam em bico. Aquele tem olho, isto é, é esperto.

Este dito “olho à belenenses” que tem a ver com os de Belém para esta expressão entre tantas.

Tem um olho à belenenses, mas não deixou de ser de Olhão, de ter olheiras e de ser do Sporting Club de Portugal.

A expressão “olho à belenenses” deve ter ligação com algum episódio, algum facto, algum sinal do Belenenses ou até com o olho azulado antes de ficar roxo, ligado às cores azuis do seu emblema.

Tão simplesmente isto, mas não conheço a história do Belenenses para dar uma explicação, por isso, antes, não vá levar no olho(?), deixa-me acabar para que não fique com algum olho à vianense por ser de Viana, cidade singular, de paisagem soberba sobre o rio e o mar como acontece aos habitantes de Belém sobre azul do Tejo.

Não veja isto com maus olhos porque aqui não reside o mau-olhado.

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