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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

As feiras, os dias da semana, os nomes pagãos, a mais antiga feira de Portugal

As feiras

 Com a abertura do mar mediterrâneo, na Idade Média, a partir das Cruzadas puderam conhecer um maior contacto como o Oriente, de onde chegavam mercadorias raras: cravo, canela, pimenta, seda, perfumes, porcelana e outros. Deu-se o Renascimento Comercial, que nasce com esses produtos a serem vendidos nas feiras nas cidades. Daí os "burgos" e "burgueses", termos que mais tarde se aplicaria de um modo particular aos comerciantes enriquecidos com a prática deste negócio. (cfr. Wikipedia)

Em Portugal a feira mais antiga que se conhece é a de Ponte de Lima, instituída em 1125, seguida, ainda no século XII, pela feira de Melgaço.

Apesar do aumento do número de feiras com progressos e retrocessos à mistura, Ponte de Lima ainda é, na Região do Alto-Minho, a feira mais procurada, à segunda-feira que agora passou a quinzenal, a de Viana todas as sextas-feiras e acabou a da meia feira, à terça-feira, pela manhã. Outras feiras semanais em freguesias grandes são agora realizadas.

Apesar do aumento do número de feiras com progressos e retrocessos á mistura, Ponte de Lima ainda é na Região do Alto-Minho a feira mais procurada, e a de Viana todas as sextas-feiras.

Os nomes dos dias da semana em Português têm a sua origem com a influência de S. Martinho de Dume, Arcebispo de Braga que lutou contra as superstições abundantes existentes, na altura, nesta área da península, de um modo particular no norte de Portugal, incluindo a Galiza. Até os dias da semana ainda eram os dias de origem pagã. O dia do Sol, o dia da Lua, o dia de Marte, o dia de Mercúrio, o dia de Júpiter, o dia de Vénus e o dia de Saturno. Martinho estudou grego e ciências eclesiásticas no Oriente. De volta ao Ocidente, dirigiu-se para Roma e para a França, para continuar os estudos, onde visitou o túmulo do seu conterrâneo Martinho de Tours.


Estabeleceu um mosteiro em Dume, uma aldeia das proximidades de Bracara Augusta, onde se pode visitar uma capela visigótica, e a partir do dito convento começou a irradiar a sua pregação. Estabeleceu a Diocese de Dume (caso único na história cristã - confinada ao referido Mosteiro de Dume a que presidia), da qual foi primeiro bispo, em 556. Depois, por vacatura da diocese bracarense, em 569, foi feito metropolita dessa região de Braga, então capital do Reino Suevo.

Reuniu o Concílio de Braga em 563, tendo proibido que se cantassem muito dos hinos e cantos de carácter popular que estavam incluídos nas missas e noutras celebrações. Ao longo dos anos, a música litúrgica foi sendo fixada no Cantochão, mas o povo, apoiado num substrato musical muito antigo, apoderou-se de alguns destes cânticos da Igreja e popularizou-os, dando-lhes a sua interpretação própria.

Para além de batalhador pela ortodoxia contra os arianos, foi também um fecundo escritor. Entre as principais obras, citamos: Escritos canónicos e litúrgicos. Destacou-se também como tradutor (designadamente, dos Pensamentos dos padres egípcios” (cfr. Wikipédia).

 “Martinho de Dume é também uma figura de capital importância para a história da cultura e língua portuguesas; de facto, considerando indigno de bons cristãos que se continuasse a chamar os dias da semana pelos nomes latinos pagãos de Lunae dies, Martis dies, Mercurii dies, Jovis dies, Veneris dies, Saturni dies e Solis dies, foi o primeiro a usar a terminologia eclesiástica para os designar (Feria secunda, Feria tertia, Feria quarta, Feria quinta, Feria sexta, Sabbatum, Dominica Dies), donde os modernos dias em língua portuguesa (segunda-feira,terça-feira,quarta-feira,quinta-feira,sexta-feira,sábado e domingo), caso único entre as línguas novilatinas, dado ter sido a única a substituir inteiramente a terminologia pagã pela terminologia cristã.

Isto explica o facto de os mais antigos documentos redigidos em português, fortemente influenciados por este latim eclesiástico, não terem qualquer vestígio da velha designação romana dos dias da semana, prova da forte acção desenvolvida por Martinho e seus sucessores na subsituição dos nomes.

Martinho tentou também substituir os nomes dos planetas, mas aí já não foi tão bem sucedido, pelo que ainda hoje os chamamos pelos seus nomes clássicos pagãos.

Morreu no dia 20 de março de 579 e foi sepultado na catedral de Dúmio. Para si compôs o seguinte epitáfio: Nascido na Panônia, atravessando vastos mares, impelido por sinais divinos para o seio da Galiza, sagrado bispo nesta tua igreja, ó Martinho confessor, nela instituí o culto e a celebração da missa. Tendo-te seguido, ó patrono, eu, o teu servo Martinho, igual em nome que não em mérito, repouso agora aqui na paz de Cristo.

Nos adros ou às portas das igrejas faziam-se feiras. A primeira feira era no dia do Sol, o Domingo. O Domingo foi o dia em que Jesus Cristo ressuscitou e escolhido já antes para ser o dia do Senhor da criação do Universo e substituiu a superstição do dia do Sol. Segunda-feira era o dia da Lua e segundo dia de feira; terça-feira era o dia de Marte e terceiro dia de feira; quarta-feira era o dia de Mercúrio e quarto dia de feira, no alemão diz-se o dia do meio da semana Mittwock; quinta-feira era o dia de Júpiter e quinto dia de feira; na sexta-feira era o dia de Vénus e sexto dia de feira da semana; sendo por fim o sábado, que era o dia de Saturno que era o sétimo dia e já para os judeus era o dia do repouso: dia do Shabbath.

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