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quarta-feira, 4 de abril de 2012

A Transportadora Sordo de Santa Marta-Antiga Fábrica de Serração e Moagem



A Transportadora Sordo de Santa Marta

A Transportadora Sordo de Sta. Marta teve como fundador o João Gonçalves Sordo de Barros que nasceu a 18/12/1867, a quem Sta. Marta já fez uma homenagem no 25.º aniversário do seu falecimento em 26/09/1943.








António Gonçalves da Silva Sordo de Barros, conhecido como António Sordo, filho de José Gonçalves Sordo de Barros e de Maria Rosa Fernandes da Silva.

O pai, João Sordo, era um Bairrista de Portuzelo e deu o terreno para a Escola, para a Avenida, levou sozinho a eletricidade de Viana a Sta Marta até à fábrica de serração e moagem. Por vezes sem conta, os lavradores de Sta Marta e todos os conterrâneos, queriam vir para a feira para os seus negócios e passavam os carros do Cura cheios e o motorista a dizer com a mão que não havia lugares, então resolveu comprar duas camionetas pequenas, uma de 20 e outra de 30 lugares, para servir a gente de Sta Marta. Ao Domingo aproveitava as camionetas para levar as pessoas onde queriam, como à Senhora da Cabeça, a Fátima e por aí fora!

O João Sordo era um Presidente de Junta daqueles que o eram por vocação própria, não pela política, mas por amor à sua terra e aos seus conterrâneos. Foi, na altura, uma homenagem que moveu toda a freguesia, sacerdotes, entidades da altura e com pompa e circunstância. Esta figura emblemática regional e minhota foi homenageado, com missa, romagem ao cemitério, exórdio pelo Pe. António Quesado, pároco de Vila Franca e descerramento de uma placa na sua casa referida ao homenageado por uma sua neta, a Maria Isabel Sordo Pinheiro.








Os seus filhos seguiram-no, não só o António como o João, não só com a transportadora já mais enriquecida e de maior impacto nesta região norte.

Conheci bem o António por o ver lá por Mazarefes, minha terra, pois era um amigo pessoal do Pe. José de Jesus Soares Ribeiro.

O homenageado "post mortem" a que me referi… conta a tradição, que o pai comprou uma camioneta para trazer os de Sta. Marta para a cidade, para as festas, para passeios aos fins de semana porque não gostava de ver os Santamartenses a virem a pé para a cidade ou para a feira de Ponte de Lima.

Claro que começou e desenvolveu a empresa com os filhos e sempre atento à sua terra, a ele se deve a eletricidade na freguesia, a ampliação do cemitério, a Avenida da Igreja, a escola, o cinematógrafo e realizou o primeiro cortejo etnográfico das festas de Sta. Marta, aproveitando os enormes recursos humanos e culturais da sua terra.







O Alvará de facto entre entre Serreleis, Perre e Santa Marta e tiveram uma frota razoável, mas o incêndio na Fábrica e moagem originado por um antigo gerador elétrico e um outro que deflagrou na garagem onde tinham os filhos a frota, foram revezes que não os fez desanimar, mas como não houvesse quem continuasse com este alvará resoveram vendê-o `Auto-Viação Cura, ao Zé Cura que morou na Abelheira , à Leira Longa.

O filho António casou com Maria José Fernandes da Torre, da Casa de Paredes, filha de João da Torre e de Rosa Fernandes da Ponte, "dos Pontes" das alminhas de Portuzelo.

Este casal teve os seguintes filhos: Maria José, Maria Carolina, António Valdemar, Maria Isabel e mais dois gémeos que faleceram pouco tempo depois do nascimento.

Uma das primeiras mulheres de Portuzelo a ir estudar foi a neta Maria José. O pai não a tirou de estudar e colocou-a no Colégio de S. José.

O seu avô fazia a festa das colheitas em honra de Sto. Isidro e morreu nessa altura. Morreu com a Banda de Música a tocar à porta!...

O avô teve 3 filhos: Maria do Carmo, João e o António, todos casados e deixaram filhos e netos. O António era o mais novo que continuou com o irmão a atividade do pai, industrial, que foi Presidente da Junta durante muitos anos, naquele tempo em que se vestia a camisola da terra a troco do amor à terra.

Não havia ambulâncias. O António foi dos primeiros a ter carro e a estar sempre atento aos outros a fazendo de carro ambulância sem esperar retribuição.

A Maria José foi professora do Ensino Básico e a maioria dos anos de serviço, 33 anos, foram em Perre, depois ainda em Vila Franca, Sta. Marta, Vila Franca e Seixas, reformando-se com 41 anos de bom serviço que recorda com saudade e muito lhe custou entrar para a reforma porque sempre se dedicou às crianças com amor e empenho tal que nunca nenhum aluno lhe reprovou na 3.ª ou 4.ª classe.








Casou com António Fernando de Carvalho, nascido a 17/10/1928, de Sta Maria Maior, filho de Álvaro Exposto e Maria do Carmo Carvalho, técnico de contas e foi chefe de Divisão de Pessoal dos ENVC. ,em 09/04/1958, em Sta Marta de Portuzelo, já professora do Ensino Básico.

Tiveram 4 filhos: João Carlos, António Fernando, José Manuel (falecido) e o Paulo Jorge, todos casados e com geração. Ficou viúva a Maria José e com 5 netos. Aliás Maria José sempre foi uma mulher de princípios que soube pôr em prática não só na sua vida profissional, como familiar, mas também como filha, esposa e mãe.

E tanto este pai como esta mãe educaram tão bem os seus filhos que são bem o espelho dos pais e antepassados com testemunho que parecem querer dar seguimento aos netos.

















No IPO, o António Carvalho, seu marido, preparou-se religiosamente para entregar a sua alma a Deus. Era um homem de bem, trabalhador, amigo, figura humana e relações fáceis, por isso fazia amigos como se viu no funeral.

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