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domingo, 24 de junho de 2012

Creio que Deus é coração Preparando o Ano da Fé, de Dário Pedroso

Creio que Deus é coração Preparando o Ano da Fé,
de Dário Pedroso

Falar do amor é falar do coração, pois este é considerado por todos como símbolo do amor. Usamos até expressões como estas: «amo-te de todo o meu coração», «tu és a riqueza do meu coração». E quando uma pessoa é boa dizemos que tem «um «cora­ção de oiro», e quando é má que tem «um coração de pedra». Todos, dum modo particular a gente nova, usam o desenho do coração trespassado pela seta para indicar que amam, que estão apaixonados, que sentem o coração ao rubro. Usamos hoje o coração como símbolo de associações humanitárias, como símbolo de partidos ou grupos, sempre com o desejo de expressar amor, doação, partilha, fraternidade, etc. Até se usa o coração nos brincos, nas pulseiras, sempre para ter presente a realida­de do amor, que implica dom, perdão, carinho, etc.
Se Deus é Amor (1 Jo 4, 8), bem podemos afirmar que Deus é Coração, que Deus tem Coração, que Deus é um Coração de infinito amor, de amor louco e apaixonado pelos homens, que não sabe nem pode fazer outra coisa senão amar de um modo divino, infinito, gratuito. Esse Amor que Deus é chegou até nós de um modo particular em Jesus, o Verbo encarnado, que amou e continua a amar-nos com todo o amor divino e todo o amor humano. Jesus é um Coração que ama ou, como indica um título de um livro, é «Um amor chamado Jesus».
Crer em Jesus Cristo é acreditar no seu amor, é acreditar que Ele é um Coração que nos ama. Coração amigo, disponível, atento, bondoso, magnânimo, misericordioso, delicado, etc. Seu Coração é escola de vida e de santidade. Por isso nos disse: «Aprendei de Mim, que sou manso e humilde de Coração». Ao colocar o seu Coração, símbolo de todo o seu amor, como modelo de vida e de santidade, Jesus indica-nos que devemos ter um coração semelhante ao d'Ele. Afinal, a santidade não é outra coisa senão ter um coração bom, que ama ao jeito de jesus.
A Bíblia apresenta-se-nos como um livro de «cardiologia». A palavra coração aparece 834 vezes e sempre para revelar as realidades mais profundas, mais íntimas, mesmo quando fala do cosmo e nos diz «o coração do mar», «o coração da terra», «o coração dos céus», «o coração dos abismos». E ao falar do homem coloca as qualidades intelectuais no cora­ção, pois o «coração é sábio», «o coração pensa», «o coração é inteligente», «o coração é arguto», etc. E coloca no coração as qualidade morais: «coração humilde», «coração manso», «coração orgulhoso», etc. Para a linguagem bíblica, o coração é o centro de todas as actividades: geme, sofre, alegra-se, ama, angustia-se, etc. O homem é o que é o seu coração. Deus, que é Coração, revela-Se ao coração do homem.
Crer em Deus significa, pois, crer no Coração que nos ama com amor infinito. E Jesus revela-nos esse Coração e esse amor em cada página do Evangelho: ternura com as crianças, cura de doentes, compaixão da mul­tidão cansada e faminta, lágrimas que chora pela morte do amigo, perdão aos pecadores, aproximação aos marginais, instituição da Eucaristia, dom da vida na Cruz, etc. Cada pági­na do Evangelho revela-nos o Coração do Senhor em atitude de amor, de dom, de entrega, de misericórdia, de compaixão. A nova evangelização, como a civilização do amor nascem do Coração de Cristo que, por mistério insondável do amor, continua aberto de par em par por toda a eternidade. E continua a convidar-nos a entrar no seu Coração, para encontrar­mos refúgio e repouso, para nos incendiarmos no seu amor. E nós, como São Bernardo, continuaremos a dizer: «Sempre que me falte alguma coisa, vou buscá-la ao Coração de Jesus». Ele é a fonte de todo o bem, de toda a graça, de todo o amor.                                                                                                                                                                                                                                                  
                                                                                                                                                                      De Dário Pedroso, in D.M.

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