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terça-feira, 12 de setembro de 2017

Ferramentas e outros elementos

Ferramentas e outros elementos


Para rasgar uma porta, antigamente, um instrumento utilizado era a marreta, o ponteiro, até ser possível levantar uma pilastra de pedra incrustada na parede ou alhetas em toda a extensão, isto é, um pilar, tanto de um lado como do outro, a que davam o nome popular de tranqueiro, mais ou menos trabalhado. Eram presas com uma ou duas pilastras transversais, uma em cima e outra em baixo, chamadas: à de cima, padieira e, à de baixo, soleira.
A estas ferramentas indicadas acima juntam-se outras, como por exemplo, para movimentar as pedras ou para as trabalhar melhor.
A marreta é uma espécie de martelo grande para partir pedra ou que bate no cinzel que é afiado e, como uma lâmina, por pressão da marreta corta ou parte a pedra.
Quem diz o cinzel, diz o ponteiro. Não se trata do ponteiro do relógio, mas de uma peça que acaba aguçada em forma de ponta (pontiaguda) e na outra extremidade tem um anel onde bate o martelo ou a marreta, e o bico, guiado pelo canteiro, vai trabalhando a pedra. Não basta o buraco para a porta, é preciso fazer a porta, que pode ser de material diversificado.













Outras ferramentas a utilizar são: o lápis de carpinteiro para marcar as medidas, que era pousado sobre a orelha; o metro para medidas certas; a serra que corta os montantes e as travessas. Estas são encaixadas e introduzidas nos montantes com a ajuda de um esquadro para fazer os justos encaixes. As dobradiças são necessárias para movimentar a porta, prendendo esta à ombreira; a fechadura para encerrar a porta e deixá-la ao dispor de quem tenha a chave para abrir ou fechar.
Tanto estas peças como outras exigem pregos para prender, para trancar, para segurar a estrutura e mantê-la. O prego pode ser de ferro, latão, alumínio, aço, etc… Tem uma haste com uma ponta, pontiaguda, e outra achatada para que leve pressões de um martelo movido pela força de um braço musculado de um carpinteiro e possa ir entrando na madeira para exercer a sua função. O prego já tem uma idade bem grande, pois já vem da cultura mesopotâmica.
Nas portas exteriores de uma casa encontramos outros apetrechos como os batentes, as aldravas, os puxadores, os visores, protectores, entradas para as caixas do correio e outros “ferrolhos”.
O martelo é uma cabeça de aço, por exemplo, com um olho ao centro onde recebe um cabo de madeira ou de outra liga metálica e, sobre a cabeça, existe uma orelha fendida que pode exercer a função de arrancar pregos… O cabo transmite à cabeça mais ou menos pressão e serve ainda para guiar o golpe ou a martelada, para não ir aos dedos de quem o segura ou ao lado da cabeça do prego ou cavilha. Deste modo, o cabo transmite e amplifica a força que o homem transmite com a sua musculação e habilidade. Às vezes não é preciso grande força, mas apenas um pouco de golpe de vista. Há várias espécies de martelo e, sobretudo, os martelos que, praticamente acabaram, o do ferreiro com uma cabeça muito pesada e um cabo comprido, assim como também o martelo dentado mais pequeno do pedreiro para amaciar a “almofada” da pedra.
O esquadro era um triângulo recto, um ângulo recto, em madeira ou ferro com um travessão para que os catetos não sofressem qualquer alteração com a função de que houvesse esquadria na porta e esta caber certa no caixilho que também tinha sido feito em esquadria. O esquadro tem sempre 90 graus. É o tal ângulo recto que serve para fazer a esquadria.
Uma soleira de uma porta tem de estar em esquadria, mas, como se trata de um espaço mais amplo e, se no seu todo houver alguma inclinação, a porta pode roçar. Então, é conveniente usar o nível que é um instrumento já preparado com uma bolha de água a marcar o nivelamento, tanto à largura como ao comprimento da mesma soleira.
Nenhuma abertura da porta pode estar correcta se o nível vertical não estiver em esquadria e, esta vê-se melhor, devido à altura, com o fio-de-prumo ou com um nível de grandes dimensões. Aliás, o nível veio substituir o fio-de-prumo que está a cair em desuso.
Usam-se também cavilhas e, hoje, nas portas pré-fabricadas com fechaduras embutidas, em madeiras aglomeradas e industrializadas são aplicados agrafos em vez de pregos.
As portas, hoje em dia, têm um caixilho de madeira com guarnições e batente para receber a porta por todos os lados e assim se ajustar a maior segurança, conforto,…
Neste trabalho, também se usa o formão para trabalhos de entablamento de madeira e ajustes necessários e o punção para fazer um furo ou marcar um determinado ponto.
O parafuso é uma peça metálica cónica em espiral que serve para prender ou fixar sob pressão os espelhos, as dobradiças, as testas das fechaduras, as bases dos batentes, os puxadores. Normalmente, tem uma base exterior com ranhura para ser trabalhado através de uma chave de fendas. Às vezes, em vez de uma fenda, na diagonal, pode ter uma cruz e tem de se usar uma chave de cruz ou estrela, conforme os casos. Há parafusos que em vez de chave de fendas precisam de chave de bocas, isto é, a cabeça do parafuso é mais alongada e tem a forma de prisma triangular, quadrangular, hexagonal… Estes parafusos, normalmente, são cilíndricos e fazem uma ligação de peças que se querem prender sobre pressão noutra peça chamada porca.

As anilhas são como argolas ou pequenos anéis móveis que se usam nas novas dobradiças e têm o fim de não roçarem os pinos das dobradiças que aguentam as portas com a parte superior que encaixa no pino. Às vezes rompem-se e é necessário substituir ou até aumentar para subir, por exemplo, a porta que já roça na soleira porque, entretanto, desceu.

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