AVISO

Meus caros Leitores,

Devido ao meu Blog ter atingido a capacidade máxima de imagens, fui obrigado a criar um novo Blog.

A partir de agora poderão encontrar-me em:

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quarta-feira, 23 de maio de 2018

O religioso não é humano?



1.  O problema da liberdade religiosa é que ela parece es­tar muito condicionada por quem não tem religião.
Daí que a tendência seja mais para limitar a liberdade do que para promover a liberdade.

 2.  Por vezes, dá a impressão de que a liberdade de não crer prevalece sobre a liberdade de acreditar.
Na óptica de muitos, a liberdade do crente terminaria à porta de casa e à saída da igreja.
3.  O argumento é que a expressão pública da fé fere a sensibi­lidade dos não-crentes. Será que só a não-crença pode ser expos­ta publicamente?
Porque é que a não-religião pode ser assumida em público e a religião tem de ser professada em privado?
4.  Se a vivência pública de uma religião perturba os não crentes, porque é que a ausência pública da religião não há-se inco­modar os crentes?
Será que o espaço público tem direitos de exclusividade? Per­tencerá ele apenas aos não-crentes?
5.           E não será que - apesar das repetidas garantias de neutralida­de - se está a tomar partido por um lado em detrimento do outro?
No fundo, onde está a tolerância e o acolhimento? Será que a não- -religião é a única opção religiosa publicamente aceitável?
6.  Não há dúvida de que o espaço público tem de estar aberto a quem não tem fé. Mas terá de estar completamente fechado aos crentes?
Invoca-se a laicidade para delimitar. Mas tal laicidade não será uma forma de laicismo?
7.           Pela sua natureza - que remete para «laos», isto é, para o po­vo a laicidade é integradora, não excludente.
Se a fé não tem a mesma oportunidade de intervenção pública que a descrença, poderemos falar de laicidade?
8. Há laicidade quando não há interferências; há laicismo quan­do se colocam restrições. Enquanto a laicidade permite, o laicis­mo restringe.
A laicidade oferece igual liberdade a quem crê e a quem não crê. Já o laicismo, ao confinar o religioso a determinados ambien­tes, estreita a liberdade dos crentes e só assegura plena liberdade aos não-crentes.
9. A presença de símbolos religiosos nos espaços públicos é um sinal de laicidade aberta. Já a sua remoção - ou proibição - confi­gura um sintoma de laicismo fechado.
Quem é crente aceitará que símbolos não-religiosos coexistam com os símbolos religiosos. Porque é que os não-crentes não hão-de aceitar a coabitação entre símbolos religiosos e símbolos não-religiosos?
10.    Afinal, o religioso também faz parte da humanidade. O tem­po dos «guetos» já passou.
Sem polémicas e com bom senso, havemos de (re) encontrar um lugar para todos sem indispor ninguém.

                                                                                                        JOÃO ANTÓNIO PINHEIRO TEIXEIRA
                                                                                                                                             in  Diário do Minho

MEMÓRIAS DA GRATIDÃO I

MEMÓRIAS DA GRATIDÃO




“É nosso dever agradecer”
Agradecemos a Beato Frei Bartolomeu dos Mártires que viu em Viana um subúrbio de Braga que era necessário dar-lhe o odor da sua presença como pastor ainda que fragilizado pela idade.
Achou Viana com necessidade da sua presença e de dar o resto dos anos da sua vida a esta zona da Arquidiocese de Braga.
Mas na nossa mente não estava só o Santo Arcebispo, estão também todos aqueles que ao longo dos anos desejaram um Bispo em Viana. Os sacerdotes precisavam de mais presença do pastor, do seu Bispo bem como os leigos quer até participaram na mesma luta pelo bem das almas.
Agradecer àqueles que em 1931 começaram a gerar a base da colónia, no seminário. A ideia partiu de estudantes vianenses como o José Carvalho Arieiro, a que se juntaram por indicação para ir estudar em Roma, Luciano Santos, José Gigante, Manuel Carvalho e Manuel Moreira. Machado. Outros continuaram a manter o mesmo espírito no Seminário, que participaram entre 1930 e 1934 e 1932 e 1936, José Domingues Cachadinha, Padre António Alves Cachadinha, Cândido Castilho, Manuel Correia Quintas, (um grande braço direito do monsenhor Daniel Machado que a pesar de ser elevado a Monsenhor, Arcipreste, Vigário Episcopal de Viana, nunca pôs em questão deixar de querer a diocese em Viana do Castelo e tudo fez para que ela viesse), Manuel Couto Soares, Manuel Pires Moreira, Carlindo Vieira, Alexandrino Cardoso e muitos outros que seria difícil listar sem que faltassem alguém.
Nem todos se mantiveram fiéis aos princípios da Colónia porque Braga deu-lhes cargos a fim de os calar.
No entanto, o bichinho da Colónia Vianense tinha ficado a partir dos doutores de Viana e assim sucedeu que com estatutos de ano para ano surgiam novos e um dos finalistas de Viana assumia “a função de bispo”, o responsável pelo património, do arquivo, das actas, dos programas e dos álbuns fotográficos. Mandava catas pastorais, reuniões no seminário e em férias, convívios e lá se manteve sempre a Colónia que os de Braga davam ao desprezo e indesejados pelos superiores como o cantinho de Viana, onde se faziam reuniões à sombra de uma árvore derrubada em 1971, em Março, quando eu já programava com os colegas de Viana a cebração dos 40 anos da sua fundação. Recordamos alguns que foram mais comprometidos, como, Vítor Cardoso, Aníbal lima de Carvalho, Alberto Martins, António Cachadinha, Carlindo Vieira, José Gandra, Sá do Rio, António Lima. Enquanto tudo começou por estudantes de Perre, Nogueira e Lanheses, por fim já havia estudantes das freguesias de Viana tanto da margem esquerda como da direita do rio Lima e outros de estudantes de outros concelhos, embora com menos peso…
A todos aqueles que foram fiéis até à última petição, apesar das ameaças de D. Francisco Maria da Silva, devemos muita gratidão por tudo o que fizeram para que Paulo VI em 1977 criasse a Diocese.
Eu, desde 1961 já trabalhava muito ligado à Colónia Vianense. Desde o meu 3º ano de Humanidades. Sempre fui um louco por minha terá que é Viana, sem desprezo de Braga, mas depressa recebi a mensagem dos de teologia ao ponto de contratar uma Camionete da Empresa Magalhães para que na saída para férias os vianenses do Seminário de Nª Sª da Conceição chegarem mais depressa à sua terra.
Eu sou sacerdote e estou agradecido a Deus este dom e a D. Francisco ter-me ordenado sacerdote, pois como diácono ameaçou-me que se celebrasse a festa dos 40 anos da colonia Vianense não me ordenaria, a festa foi feita e acabou por me ordenar. Nesta organização estava eu que era diácono e tinha acabado a teologia e o José Maria do Vale que ia para o quarto ano de teologia e via a sua ordenação em dúvida por causa da celebração justa dos 40 anos da colónia vianense.
Também ele foi ordenado sacerdote com muita honra e pastoreia Valença. Fizemos a celebração à sombra da responsabilidade de monsenhor Daniel Machada que entrou em nossa defesa e que assumiu a responsabilidade de tudo o que fizéssemos perante o Arcebispo de Braga.
Agradecemos a todos os sacerdotes e leigos trabalharam por terem um Bispo mais próximo que a meu ver devia ter chegado muito mais cedo. Padre Coutinho

sábado, 12 de maio de 2018

NOMES PREFERIDOS

NOMES PREFERIDOS DE 
2006 a 2015 nos registos de baptismos da Paróquia de Nª Sª de Fátima





NOMES PREFERIDOS

NOMES PREFERIDOS DE 
1979 a 1988 nos registos de batismos da Paróquia de Nª Sª de Fátima





quarta-feira, 2 de maio de 2018

POR QUÊ? VER PARTIR AMIGOS… O SENTIDO DA VIDA


POR QUÊ? VER PARTIR AMIGOS…
O SENTIDO DA VIDA


Os primeiros homens intuíram sempre um sentimento de religiosidade e, assim para eles, a natureza e seus entes eram coisas sagradas. Deste modo o Sol, a Terra, a Água, o Fogo, O Ar, etc… Foram para todos os seus deuses e a multiplicação na era pagã de deuses produzidos pela mitologia e pela arte. A pouco e pouco foram aparecendo outros mitos como o aparecimento dos belzebus, dos fantasmas e lobisomens criados pelos próprios humanos.
Gerações e gerações, séculos e séculos passaram que, de ligados à natureza e a tais misticismos, foram descobrindo a existência de algo transcendente e único, necessário e inatingível que seria o criador de tudo, como todo-poderoso que por vontade própria, tudo criou incluindo o Homem, a Mulher, isto é, toda a humanidade à sua semelhança e todas as coisas.
Nesta altura surge o monoteísmo com uma essência espiritual, fruto d’Este Deus criador que fez tudo porque ama e está acima de qualquer lógica de ritos, crenças e dogmas que mais tarde os homens constituíram nas religiões criadas pelos próprios. Por isso mesmo, os sentimentos de religiosidade aparecem fora de qualquer religião em particular. Imprescindível é que o ser humano reconheça este pormenor da Vontade Divina, para então conseguir perceber qual é o real objectivo da vida e como alcançá-lo.
Hoje, e já entrados quase nos primeiros 20 anos do século XXI, todos percebem que a religiosidade lhes é inerente. No entanto preferem fugir às regras, aos compromissos onde em qualquer sociedade organizada tem de haver. Aparecem  regras para a condução em sociedade ou comunidade e, mesmo assim,  acabaram por emergir em conflitos íntimos de incoerências que inquietaram muitos, fazendo perderam força e coragem para avançar em frente e assumirem compromissos estáveis e duradouros na vida. Igualmente acontece hoje. Também é fruto da cultura do descartável. E não há vida com sentido, se não há objectivos, planos e regras.
A vida não pode ser somente um curto intervalo entre o nascimento, o crescimento e a morte (a passagem). Há que pesquisar e aprofundar com sinceridade e seriedade o propósito da Vontade Criadora de Deus. Um objecto fruto de Amor, mesmo dentro da lógica natural das coisas, na vida não há lacunas, tudo é simples e coerente, impulsionado por um constante progresso e evolução do espírito da Criação.
Há que nos libertarmos de superficialidades e não sermos escravos delas. Muitos se apegam à conquista e conservação do poder terreno, fazendo dos outros, escravos a seu bel-prazer ou de domínio. Mas, o poder terreno deveria ser utilizado exclusivamente para o bem, para melhorar este mundo, que é sempre um poder passageiro, que, no além, não significa nada, tenha sido um simples ser humano, papa, bispo, sacerdote, rei ou governante, magistrado ou um simples camponês,… um vago. Ocupe o lugar que ocupar, terá de arcar com cada uma das consequências dos seus actos que serão tanto mais graves quanto maior for o seu poder que lhe vem de dons concedidos.
Quando parece que perdemos o “norte”, há que parar e perguntar a nós mesmos: Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? É preciso saber profundamente quem sou, de onde vim para melhor fazer o caminho do futuro. Quem assim fizer não se perde, mas reencontra-se e descobre esse absoluto e poder divino. Descobre o verdadeiro e grande sentido para a vida.
Caso contrário tudo o que fizermos sem ter em conta a nossa origem, caímos em banalidades artificiais e bonitas, mas que nos conduzem ao vazio duma superficialidade que não interessa e nos conduz a decepções e ao abismo depressa.
 Jesus designou a vinda do Filho do Homem como a última possibilidade de salvação.
O Homem quando cai em banalidades depressa chega ao lixo, à grosseria. Nada lhe adiantará ter carro para andar e atingir o que quer. Nem ter às mãos umas “canadianas” para andar, se não quiser fazer caminho.
Se quiser alcançar o céu, não basta olhar para ele, mas ter fé, esperança e caridade, não isoladamente, mas caminhando de mãos dadas com os outros a fazer o bem, somente deste modo lhe será possível reconhecer a Criação e onde se encontra, bem como as leis que a regem, segundo a Vontade do Criador.
Para mim o cristianismo interpreta o sentido da vida porque tem uma visão de mundo que nos ajuda a interpretar esse problema da existência da vida. Explica as questões mais profundas da humanidade, o cristianismo está ao lado dos mais fracos e dos mais explorados da nossa existência: “a vida após a morte, a origem do universo, a existência e o carácter de Deus, o conflito universal entre o bem e o mal.”
É um mistério que está e participa o nosso Deus na pessoa do seu filho Jesus. Como é mistério, ficamos sempre interrogativos. Por quê aconteceu isto e aquilo comigo, com aquele. Por quê àquele? Será um beco sem saída? Mas o mais importante é seguir o Cristo que morreu na cruz e ressuscitou para mostrar a verdade das suas palavras e dos seus gestos nos últimos anos da sua vida.
S. Paulo expressa a nossa vida, pondo-a em comparação com os atletas na 1ª Carta aos  Coríntios 9. 24–27:
“Vós não sabeis que dentre todos os que correm no estádio, apenas um ganha o prémio? Corram de tal modo que alcancem o prémio. Todos os que competem nos jogos se submetem a um treinamento rigoroso, para obter uma coroa que logo perece; mas nós o fazemos para ganhar uma coroa que dura para sempre. Sendo assim, não corro como quem corre sem alvo, e não luto como quem empurra o ar. Mas empurro o meu corpo e faço dele meu escravo, para que, depois de ter pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser reprovado.” Isto é, o que importa é que corram todos com coragem e vontade de chegar à meta, mas os que vêm atrás, desde que não desistam e cheguem à meta, encontraram o verdadeiro sentido da vida.
Faz sentido. É consistente. Se colocados à prova, dá relevância às buscas mais vitais nas quais nos envolvemos. Não tenhais medo. Não tenhais medo das ciências ou das filosofias.
As grandes religiões procuram dar uma resposta sobre o sentido da vida, mas para mim, como cristão penso ser verosímil tudo o que aprendi nesta fé que professo.
Assim aconteceu já com os judeus, O judaísmo é a religião do povo de Israel, e constituiu a mais antiga religião monoteísta. Foram os judeus, aliás, que deram origem ao monoteísmo, à crença num único Deus. A origem do judaísmo encontra-se na aliança de Deus com o patriarca Abraão, com Moisés e, por via destes, com todo povo judeu. Foi esta aliança que fez dos judeus o povo eleito.

O islamismo é uma religião fundada por Maomé, que viveu na transição do século VI para o século VII. O islamismo é uma religião teísta, cujas raízes se estendem até Abraão

          O budismo teve origem nos ensinamentos de Siddhartha Gautama, que viveu entre o séc.V e VI a. C. O budismo é uma das principais religiões não teístas hoje existentes que me custa entender que o Amor e a Perfeição estão só na dor.

O hinduísmo é a principal religião da Índia e nasceu um milénio antes de Cristo. É uma religião politeísta: crê na existência de um Deus supremo, Brahma, e também numa variedade de outras divindades maiores e menores. Brahma, o Criador, é um Deus impessoal que, em conjunto com a Xiva, o Destruidor, e o Vixnu, o Preservador, formam uma trindade de deuses. Estes deuses garantem a ordem do mundo, a renovação e a destruição de tudo o que existe. Dá a impressão que há 3 deuses em luta e quem vence é ao Xiva, podendo destruir tudo.

O sentido da vida, pode ser descoberto pela religião e pelas filosofias e, por isso, há opiniões várias sobre o sentido da vida podem por si próprias se distinguir de pessoa para pessoa, bem como também podem variar no decorrer da vida de cada um. Não existe consenso sobre este assunto, mas há filósofos que pensam que a vida só pode ter sentido se a concepção teísta do mundo for verdadeira. Só Deus poderia dar sentido à vida porque os seres humanos, sendo o resultado de um acto de amor criador e intencional, não seriam apenas um acontecimento acidental da natureza, um simples e insignificante fruto do acaso.
          Deus garante o sentido da vida humana (e o seu valor) porque a criou com um objectivo. E, ao criá-la com um objectivo, dar-nos-ia também a possibilidade de superar a condição de mortais. Assim, se a morte pudesse ser superada, se não for sua a última palavra, as nossas obras e projectos não estão condenados a desaparecer para sempre: os nossos esforços teriam, então, uma razão de ser.
          Em síntese, alguns filósofos pensam que a seguinte tese é verdadeira: Diz S. Paulo que se Deus não existisse seria vã a nossa fé.
E esta é a minha fé.